A RESISTÊNCIA NO ORIENTE MÉDIO CONTRA O IMPERIALISMO DOS EUA E DE ISRAEL

Muitas mentiras e calúnias são divulgadas todos os dias através dos meios de comunicação da burguesia sobre a luta palestina, os conflitos armados e religiosos no Oriente Médio e a intervenção dos “salvadores do mundo contra o terrorismo”. Os EUA e seu maior aliado na região, Israel, são os grandes responsáveis por isso.
Para explicar melhor essa situação, o debate desta última quarta-feira (30/07) contou com a presença de Carlos Latuff, cartunista brasileiro e de um representante da organização Emek Gencligi, da Turquia.
Segundo o representante da Turquia, depois da queda da URSS revisionista, os Estados Unidos declararam aos cinco continentes que uma nova ordem mundial de liberdade e prosperidade econômica e social estavam a surgir. No entanto, vários países foram saqueados pelo imperialismo americano, em especial no Oriente Médio.
Mas essas intervenções imperialistas não são por acaso, o Oriente Médio é um ponto estratégico para aplicação dessa nova política mundial. A sua história é marcada por muitas guerras e sangue dos irmãos trabalhadores e da juventude. Uma região muito rica em petróleo e gás natural e com uma grande diversidade cultural e religiosa. Assim, depois dos ataques de 11 de setembro de 2001, os EUA avançaram mais amplamente a corrida armamentista na região. Primeiro com a invasão do Afeganistão, depois no Iraque, e agora com a ameaça ao Irã.
Na Turquia, país hoje aliado aos EUA, o Partido do Trabalho e o Emek tentam formar um bloco amplo com jovens, trabalhadores, intelectuais, sindicalistas para fortalecer a luta contra o imperialismo, e tem obtido importantes vitórias nos terrenos eleitoral, na imprensa proletária e no movimento de massas.
Já Carlos Latuff colocou a importância do apoio à luta pela libertação dos povos palestinos, já que hoje o Estado de Israel é uma cidade satélite dos Estados Unidos na região. A história do Oriente Médio é uma história de sangue e de muita dor, e também uma história de luta contra o imperialismo. Latuff não pode voltar à região, devido a ameaças de morte que sofreu por denunciar através de suas charges a política imperialista do sionismo de Israel.
Passeata mostra à população do Rio repúdio ao imperialismo no mundo
31 de julho

Depois de três dias de intensas discussões sobre as ações agressivas do imperialismo no mundo, jovens revolucionários de vários países, reunidos no 21º EIJAA, saíram às ruas do Rio de Janeiro para mostrar à população que não dá mais para continuar com tanta fome e guerra, assalto às riquezas naturais dos países pobres e exploração econômica.
A marcha que começou na Igreja da Candelária, local onde há alguns anos a polícia matou jovens que dormiam na rua, se dirigiu ao Consulado dos EUA, onde foi queimada a bandeira norte-americana, o maior país imperialista do mundo.
Terminamos o grandioso ato na rua da Glória, onde houve várias intervenções das organizações políticas que construíram o 21º EIJAA, revelando que o imperialismo vem sendo derrotado nas principais intervenções estrangeiras, e assim também será derrotado pelos povos em luta pelo socialismo.
As faixas contra as guerras, contra o imperialismo e o fascismo marcaram a população por onde passou a passeata. Como demonstração de apoio, a população jogou papel picado ao longo de todo o trajeto.
Com certeza, depois dessa passeata, com a presença de jovens de tantos lugares do mundo, o povo do Rio de Janeiro e do Brasil saberá que essa geração não só expulsará o imperialismo de onde ele estiver como fará a revolução socialista.
Veja o video feito pelo cartunista Carlos Latuff:

CRESCE A LUTA CONTRA O FASCISMO E O IMPERIALISMO NA EUROPA
30 de julho
Um importante debate sobre a União Européia marcou a programação do 21° EIJAA nessa terça-feira, dia 29. Participaram da discussão representantes do PCOF (França), Dinamarca (DKU) e PCE-ML (Espanha). Cada um desses países apresentou sua realidade local e denunciou o caráter imperialista desse bloco, organizado em torno dos interesses econômicos e políticos da Alemanha e da França.
Na Dinamarca, tem-se visto um aumento das manifestações nos últimos dez anos, incluindo uma greve de dois meses no setor público por melhores salários.
Na Espanha, a repressão direta contra os movimentos de esquerda, em particular aos comunistas, é cada vez maior. Também o país passa por uma grave crise financeiro.
Já na França, o presidente Sarkozy deu ainda mais energia ao discurso militarista e antiimigrante. Aliado à extrema-direita, a Bush e Israel, e também agora na presidência da União Européia, ele será o responsável pela aplicação de uma diretiva, que perseguirá os trabalhadores imigrantes.
O debate apontou que, também na Europa, a exploração capitalista esmaga os trabalhadores, e que a luta de classes se desenvolve abertamente.
AMÉRICA LATINA UNIDA PARA DERROTAR O IMPERIALISMO!
29 de julho
Na última quinta, dia 28, realizou-se o painel “Os movimentos e os governos populares na América Latina”. Participaram da mesa de debate o cônsul da Venezuela Edgar González, Wanderson Pinheiro (PCR), Ivan Pinheiro (PCB), Marco Antônio dos Santos (CeCAC), Paulo Ramos (PDT) e Francisco Bayas (MPD-Equador).
As intervenções deixaram claro que na atual conjuntura da América Latina se faz necessário desenvolver e organizar os movimentos sociais, avançando principalmente as lutas pelos direitos da classe trabalhadora, da juventude, dos índios e de todo o povo para tornar real a construção do socialismo no nosso continente, acabando com 500 anos de colonização .
No momento em que vivemos, o imperialismo estadunidense toma atitudes cada vez mais agressivas para barrar esse avanço. Exemplo disso é a reativação da Frota 4 (conjunto de navios e porta-aviões militares) na Costa do Pacífico e o aumento das bases militares na América Latina, além disso, a vergonhosa intervenção das tropas brasileiras no Haiti, que massacra o povo haitiano, chegando à cifra absurda de 35 mil mulheres violentadas em quatro anos de invasão.
Oficinas
29 de julho
No dia de ontem, 28 de julho, o XXI EIJAA teve uma tarde muito proveitosa com quatro oficinas lotadas para trabalhos temáticos sobre:
"A juventude antiimperialista e a luta contra o desemprego": um grande debate no qual participaram Victor Madeira (Sintrasef) e outros companheiros do Movimento Luta de Classes no Brasil, UGTE (central sindical equatoriana). O tema foi muito importante para percebermos a necessidade de transformar as direções sindicais que ainda são guiados pelo reformismo e construir um novo movimento sindical, capaz de lutar intransigentemente contra os patrões e o capital;
"A música como forma de expressão da luta antiimperialista": foi uma oficina que teve a participação de Camilo Maia, da banda Subversivos; Maria Moura, socióloga e membro da primeira turma da Escola Estácio de Sá; Pecê Ribeiro, poeta e compositor; Didu Nogueira, produtor musical e Rubem Cofete, sambista. O debate teve duas vertentes: a origem do samba e a segunda é a de que pouco importa o estilo musical, o mais importante é o seu conteúdo;
"As nacionalidades da Espanha": com os camaradas da JCE-ML. De acordo com uma camarada da juventude, "Para nós, esta é uma oportunidade muito boa para falar sobre as nacionalidades da Espanha. Em meu país, temos um problema com as nacionalidades, mas há uma solução política, que é passar a reconhecer essas nacionalidades históricas e o seu direito de autodeterminação, direito que só poderá exercer livremente no marco de uma república popular, democrática e federal, e não nesta monarquia continuísta.";
"A juventude antiimperialista e os meios de comunicação": Contou com a participação do En Marcha (Equador), e Rafael Freire, A Verdade (Brasil). Os dois abordaram a questão dos meios de comunicação na perspectiva da propriedade privada e dos monopólios capitalistas, e ressaltaram que a democratização da comunicação é fundamental para romper com o domínio ideológico exercido pela burguesia sobre os trabalhadores. Outro ponto importante discutido foi a propaganda dos revolucionários, que deve ser cada vez maior através de seus jornais, mas que deve também se diversificar, alcançando meios como rádios, TVs e internet.
Divididos por estas temáticas, os participantes do XXI EIJAA puderam aprofundar o conhecimento e trocar experiências. Desse modo esperamos que as oficinas auxiliem a luta antifacista e antiimperialista engrenadas por todas as organizações presentes.
“Juventude combatente, lutando pelo futuro no presente!”
28 de julho
Foram essas palavras que demonstraram toda a disposição de luta da juventude de vários países presentes na abertura do 21º Encontro Internacional de Juventude Antifascista e Antiimperialista (EIJAA), no Brasil. Após um início animado pelas palavras-de-ordem, todo o auditório fez silencia para assistir a um breve documentário sobre a repressão ao movimento estudantil no Brasil durante a Ditadura Militar. Assim que a exibição terminou, integrantes da banda Subversivos nos felicitaram ao som da Internacional, e todos entoaram de pé o hino mundial dos trabalhadores.
Antes de iniciar a composição da mesa, a coordenadora do ato de abertura Natália Alves, da União da Juventude Rebelião (UJR-Brasil), também representando o Comitê Preparatório Internacional (CPI), colocou “a importância da juventude se organizar internacionalmente para acabar com o sistema capitalista, na sua fase final, o imperialismo, avançando cada vez mais a luta pela revolução socialista em cada parte do mundo”.

Para compor a mesa foram chamados os representantes das organizações juvenis que vêm ao longo dos anos construindo o EIJAA: União da Juventude Revolucionária do México (UJRM); Juventude Revolucionária do Equador (JRE); União da Juventude Comunista da Dinamarca (DKU); Emek (Turquia); Juventude Comunista da Espanha Marxista-Leninista (JCE-ML); União da Juventude Rebelião (UJR-Brasil); Juventude Caribe (República Dominicana); Juventude do Partido Comunista dos Operários da França (PCOF); Juventud Del Partido Comunista Marxista-Leninista de Venezuela (PCMLV). Falou em nome do CPI o camarada Jonas Orting, da Dinamarca. Além dessas organizações, participaram também a Juventude Avançando (Brasil) a União da Juventude Comunista (Brasil), a Secretaria Especial de Política de Promoção da Igualdade Ação Racial do Governo Federal, a Central de Movimentos Populares (CMP), o Sindicado dos Trabalhadores do Serviço Público Federal do Rio de Janeiro (Sintrasef) e a Associação dos Servidores do PRODERJ, ambas entidades de classe que apoiaram firmemente o Encontro. Todos saudaram a realização do EIJAA no Brasil e desejaram um bom debate durante todo o evento.
O 21º EIJAA será grande instrumento de organização da juventude, troca de experiências, propagação das idéias socialistas e avanço das lutas contra o capital. Acreditamos que o nosso caminho deve ser o construir uma nova era de prosperidade social, economia e cultural para todos os povos oprimidos, que buscam a sua autodeterminação como a forma mais legítima de tomar os destinos em nossas próprias mãos. Por fim, a abertura foi encerrada com a leitura do regulamento do acampamento para garantir a coesão dos participantes e um bom evento.
“Fiquei muito entusiasmada com abertura do encontro porque já começou mostrando a combatividade de cada bancada dos estados brasileiros, como também das delegações internacionais, demonstrando assim que a juventude está muito indignada com a situação do fascismo e do imperialismo no mundo e muitos dispostos a mudar a sociedade em que vivemos e construir o socialismo”Camila Cruz, estudante secundarista, 16 anos – Estado Pará / Brasil
“Penso que a abertura foi muito interessante, pois as discussões de todos os países são importantes neste acampamento da juventude internacional antifascista e antiimperialista. Eu acredito que todos os jovens revolucionários e nós professores queremos transformar o mundo, alcançando desta maneira uma pátria nova, um mundo melhor, pois a energia dos jovens foi demonstrada no início da abertura através das palavras-de-ordem contra o imperialismo e favor da vida, contra a pobreza e favor da educação. Também chamou muito a atenção as intervenções antiimperialistas das organizações. Por isso temos que reproduzir com muita evidência que os jovens de todo mundo estão no bom caminho, pois estão querendo romper essa cadeia, pois o imperialismo está sentenciado por essa juventude que não mais irá passar” Augusto Carvajal – Unión Nacional dos Educadores do Ecuador.
“A abertura foi muito boa porque podemos ver os representantes de outras organizações políticas juvenis de várias partes do mundo. Em particular, a juventude do Equador (JRE), a companheira da União da Juventude Revolucionária do México, foram mensagens muito importantes deixadas no 21º Encontro Internacional de Juventude Antifascista e Antiimperialista. Colocaram também a necessidade da coesão da luta a nível internacional da juventude, e por isso foi muito bom para mim” Marcos Silva, estudante de Música da UFPB, 21 anos; Estado da Paraíba/ Brasil.
Rio de Janeiro recebe 21º Eijaa
28 de julho
A cidade do Rio de Janeiro está recebendo a 21ª edição do Encontro Internacional da Juventude Antifascista e Antiimperialista (EIJAA). Realizado desde a década de 70, o encontro atualmente acontece a cada dois anos, buscando alternar o país-sede entre a Europa e a América Latina. O Brasil sedia o evento pela primeira vez. Todas as atividades ocorrem no campus do Fundão da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
A organização do Eijaa cabe a um Comitê Preparatório Internacional (CPI), composto por organizações políticas juvenis de diversos países. O representante brasileiro é a União da Juventude Rebelião (UJR). Além do CPI, foi formado um Comitê Preparatório Nacional, que executou a preparação do evento.
Para esta edição já contamos com cerca de 500 participantes de dez países diferentes. Já se encontram no Rio de Janeiro representantes do: Equador, México, República Dominicana, França, Espanha, Dinamarca, Turquia, Venezuela e Colômbia.
O encontro tem por objetivo reafirmar a luta dos povos de todo o mundo contra as agressões políticas, militares e econômicas dirigidas pelas grandes potências mundiais contra os trabalhadores e a juventude. Ao apontar o imperialismo e o fascismo como os maiores responsáveis pela miséria e opressão no mundo, as organizações promotoras do Eijaa querem apresentar o caminho das mobilizações políticas como única forma de superarmos o sistema capitalista e alcançarmos a sociedade socialista. Ao mesmo tempo, o Eijaa é um encontro amplo, que visa agregar todos os jovens que queiram lutar contra as injustiças desse sistema e defender a soberania dos povos, a vida e o meio ambiente.
Este 21º Eijaa dará atenção especial aos temas relativos à América Latina como o Plano Colômbia e a ingerência militar dos EUA em diversos países do continente, a presença da 4ª. Frota da Marinha norte-americana nos nossos mares, a soberania brasileira na Amazônia, a ocupação militar no Haiti, a dominação econômica dos países ricos sobre as economias latino-americanas, os governos populares de Hugo Chávez, Evo Morales e Rafael Correa e a resistência de Cuba socialista. Também não ficarão de fora temas como o Oriente Médio, em especial a Guerra do Iraque e a questão Palestina, a implantação da União Européia, assim como educação e cultura.
Mais informação no sítio www.eijaa.org, ou pelos telefones (21) 9305-3488 e 9265-4764.
Redação:
Rafael Freire Claudiane Lopes Eduardo Augusto Yuri Pires
Última Edição (Nº 104)







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