Até o próximo ano, eleição direta chegará às escolas da rede estadual
Durante visita a Areia Branca, o presidente da Associação Potiguar dos Estudantes Secundaristas (APES), Marco Aurélio Garcia, falou sobre a eleição direta para diretor e vice das escolas da rede estadual de ensino. Ele disse que a proposta está na carta de princípios do Partido Socialista Brasileiro (PSB) do qual a governadora Wilma de Faria é presidente estadual e membro da executiva nacional.
Marco Aurélio disse que a eleição direta para escolha dos dirigentes escolares foi uma bandeira de campanha da professora Wilma, que é educadora e sabe da importância da gestão democrática nas escolas. Prova disso é que já nos primeiros dias do seu governo, publicou um decreto autorizando o início do processo de consolidação da gestão democrática com eleições diretas para diretor. “Sabemos que não podemos esperar que este ano tenhamos eleições diretas nas escolas em todos os municípios, pois é um processo que precisa ser muito bem acompanhado, para evitar que a eleição direta para diretor se confunda com o proselitismo político dentro das escolas”, enfatiza.
O dirigente da Apes observou que a eleição dos diretores tem que obedecer a um processo pedagógico de acompanhamento dos candidatos, tem que fomentar uma discussão pedagógica da campanha nas escolas, porque o diretor da escola eleito não precisa ser necessariamente o mais carismático nem o que compra o voto. “Tem que ser o que está mais preparado para representar a comunidade escolar na gestão democrática”, diz Marco Aurélio.
Ele argumenta que não se pode eleger professores que estão dando nota 10 para todos os alunos, professores pouco preocupados com o andamento das aulas na sua escola. “Temos que eleger professores que tenha compromisso com o projeto político pedagógico da educação do Estado. Temos que eleger professores que tenham capacitação técnica para desenvolver a função”, acrescenta.
Marco Aurélio adianta que Wilma de Faria determinou que nesse primeiro ano, em dez municípios haveria modelos de eleições diretas em algumas grandes escolas. E a partir dos próximos anos esse processo iria se alastrando, até que ao concluir o seu mandato, ela tenha conseguido realizar eleições diretas em todos os 167 municípios do Estado. “Então, essa é nossa bandeira de luta, por entendermos que o cargo de diretor de escola não deve ser um cargo de padrinho político, não deve ser um cargo onde os deputados, vereadores, os líderes comunitários indiquem pessoas para representar os seus interesses dentro das escolas. Pelo contrário, o cargo de diretor de escola tem que ter uma pessoa que não represente interesse político, represente o interesse da comunidade escolar, que é quem deve ser beneficiada”, ressalta.
Esse é um processo que requer certa precaução, observa Marco Aurélio. “Não adiantava nesse momento a professora Wilma de Faria convocar eleição nos mais de 500 estabelecimentos de ensino da rede estadual, porque isso geraria distorções difíceis de administrar. Se hoje é difícil administrar uma escola com o cargo indicado pela Secretaria de Educação, imagine com uma pessoa que se elegeu comprando votos. Temos que ter cautela nesse aspecto”, alerta.
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