Em pleno “Distrito Federal” à vergonha.
Os estudantes voltaram às ruas de Brasília para pedir o afastamento do governador José Roberto Arruda, que foi filmado recebendo dinheiro.O dia começou prometendo muitas reuniões. Reunião da Comissão de Constituição e Justiça, de uma comissão especial e até a escolha do presidente do relator de uma CPI que vai investigar a cúpula do governo do Distrito Federal envolvida no escândalo do mensalão do Democratas de Brasília.
Só que nenhuma dessas reuniões aconteceu porque o deputado Leonardo Prudente (aquele do dinheiro nas meias) chamou todos os deputados que estavam na Câmara desde cedo. Ele está organizando a reunião e, desde que ela começou, os deputados estão questionando se ele deve ou não reassumir a presidência.
Relembrando que Leonardo Prudente pediu afastamento do cargo logo depois de ser flagrado com as imagens, dizendo que ficaria afastado por até sessenta dias, mas na semana passada, de surpresa, decidiu que iria reassumir o cargo.
Hoje, ele reassumiu de fato a presidência e reuniu os deputados. Enquanto esse impasse sobre a volta dele não termina, o plenário fica vazio, num clima diferente e contrastando com o clima do lado de fora, com policiais e manifestantes contra e a favor do governador José Roberto Arruda.
Estudantes que pedem o impeachment do governador passaram a noite acampados na porta da Câmara Legislativa. Pela manhã chegaram manifestantes a favor de Arruda. Eles vieram em ônibus e caminhões.
A segurança foi reforçada. Mesmo assim houve confusão quando integrantes do grupo pró-Arruda estragaram um caixão e um boneco usados no protesto dos estudantes. Para evitar novos confrontos, policiais militares formaram um cordão dividindo as duas alas.
O presidente da Câmara, Leonardo Prudente, reassumiu o cargo, mas conseguiu entrar sem ser visto. Isolou-se no gabinete e baixou o primeiro ato deste ano: alegando razões de segurança, proibiu a entrada do público na Câmara.
E quem tentou se aproximar do prédio, foi retirado pela polícia.
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